Muitos estudos já demonstraram que homens e mulheres possuem características particulares que os tornam diferentemente afetados pela diabetes. Mundialmente o números de mulheres obesas é maior do que o de homens obesos. Entretanto, o número de mulheres obesas que são diabéticas é menor do que o de homens obesos e diabéticos.
Além das diferenças decorrentes da manifestação das informações contidas nos cromossomos sexuais (XX em mulheres e XY para homens), os hormônios sexuais desempenham papel ativo na proteção das mulheres contra o desenvolvimento da diabetes tipo dois. Tanto que após a menopausa, quando a produção de estrogênio e progesterona caem, o número de casos de diabetes em mulheres se iguala aos homens. Por outro lado, a condição patológica conhecida como ovários micropolicísticos que causa o excesso da produção de testosterona, está associada ao desenvolvimento da diabetes tipo 2. Enquanto que em homens o baixo nível de testosterona está associado ao maior risco de desenvolvimento da diabetes e doenças cardiovasculares.
O fato de que mulheres apresentem uma maior resistência ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 não quer dizer que mulheres podem descuidar dos cuidados com a alimentação, atividade física e controle da glicemia. Tais diferenças devem ser consideradas no desenvolvimento de remédios pela indústria farmacêutica e no tratamento escolhido pelo profissional de saúde responsável.
Referências:
(1) Cho NH, Shaw JE, Karuranga S, et al. IDF Diabetes Atlas: Global estimates of diabetes prevalence for 2017 and projections for 2045. Diabetes Res Clin Pract. 2018;138:271–281.
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Christopher J Madden
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