Doença que contribui para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica (DRC).

Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue para a formação da urina, regulando o volume sanguíneo e a remoção de substâncias tóxicas produzidas pelo nosso metabolismo (excretas). Os rins também participam da regulação da pressão arterial e do pH sanguíneo, além de produzirem hormônios que regulam a densidade óssea, a produção de hemácias e a pressão arterial.

As estruturas responsáveis pela filtração renal são os glomérulos. Os glomérulos são compostos de numeroso vasos capilares envoltos por células que agem como uma barreira, regulando a perda de água e excretas do sangue para a urina. Por serem tão delicados, os glomérulos são sensíveis ao aumento da pressão arterial. A alteração da estrutura glomerular causada pela hipertensão arterial e pela diabetes descontrolada por muitos anos, resultam na redução da capacidade de filtração dos rins. Assim água e excretas se acumulam no sangue, aumentando o volume sanguíneo, e consequentemente, aumentando a pressão arterial ainda mais. Esse ciclo vicioso intensifica a perda da função renal. 

Cerca de 10% da população no mundo sofre de Nefropatia Diabética ou DRC. A velocidade de deterioração da capacidade de filtração dos rins é relativamente alta caso a hiperglicemia e a hipertensão arterial não sejam controladas com medicação e alteração de hábitos alimentares e de atividade física. O diagnóstico precoce é crucial para se evitar a deterioração dos rins. Se não tratada, a DRC pode evoluir a falência renal, doença na qual os rins não funcional o suficiente para lidar com as necessidades do corpo, sendo necessária a realização de sessões de hemodiálise ou até mesmo transplante renal.   

Diagnóstico: 

  1. Dosagem da concentração de albumina na urina (as lesões nos glomérulos permitem que proteínas como a albumina sejam eliminadas pela urina);
  2. Dosagem da concentração de creatina no sangue (a creatina acumula-se no sangue quando os rins começam a perder sua capacidade de remover a creatina no organismo);
  3. Avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG):
    1. Estágio inicial: Maior TFG como consequência da hiperinsulinemia em pacientes com diabetes tipo 2. 
    2. Estágios finais: O acúmulo de lesões microscópicas nos glomérulos reduz a TFG e a capacidade de formação de urina.

Fatores de risco:

  1. Tabagismo;
  2. Diabetes não tratada;
  3. Alta ingestão de sal (sódio);
  4. Hipertensão arterial;
  5. Sobrepeso;
  6. Sedentarismo;
  7. Histórico familiar de falência renal.

Sintomas:

Referências: